Ontem foi o jantar de Natal com os amigos Milaneses cá em casa. O que eu achava que seria um "jantar calminho em casa com os amigos mais próximos" transformou-se num " jantar não tão calminho que contou com a presença de 50 pessoas".
50 pessoas.
50 pessoas.
Se não contarmos com o esterco em que ficou a sala e a cozinha, o jantar foi a risada.
Entre a alarvidade de comida trazida por todos ( que consistia em entradas, petiscos, pizzas, massas, tartes, lombo de porco, comida chinesa e 30 cheeseburguers do MacDonald's que o C. se lembrou de trazer para contribuir ), umas 30 garrafas de cerveja e vinho, musica e emocionantes jogos de matraquilhos, destacou-se a brilhante, repito brilhante troca de presentes.
Todas as trocas de presentes deviam ser efectuadas desta forma; passo a explicar.
Cada um leva um presente que quiser, gasta o que quiser e compra para ninguém em especial ( não há cá essas mariquices de amigos secretos ou papelinhos para tirar à sorte), depois escolhe-se uma pessoa ao acaso e oferece-lhe o primeiro presente que aparecer. Essa pessoa à socapa desembrulha e vê o que lhe calhou e decide, se fica com o presente para si próprio, ou se o oferece a outra pessoa.
Agora é só imaginar uma sala com 50 jovens na casa dos 30 aos gritos ( ao lado deles as mulheres portuguesas a falarem ao mesmo tempo são umas meninas ) a brincarem aos presentes nestes termos.
É o espírito do dar. Ninguém se chateia por ter de comprar um presentinho, ninguém se chateia se receber uma merda de um presente. Os presentes não interessam desde que se dêem umas gargalhadas.
Foi um jantar de Natal.
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